A Cirurgia ortognática é uma das áreas da cirurgia Bucomaxilofacial
que pode alterar tanto a parte funcional do paciente (respiração, dentes
e mastigação) como alterar e em muito sua estética facial.Este conceito
é fundamental para entender que o cirurgião-dentista pode e também atua
na harmonia funcional e estética do paciente. Como exemplo posso citar
pacientes com hipoplasia de maxila (maxila retroposta) que acabam
procurando uma cirurgia de redução de nariz, quando o problema é
verdadeiramente a maxila, comprometendo um resultado melhor de estética e
função.
Quando existe um problema funcional entre os ossos maxilares (maxila e
mandíbula), certamente também, existe um problema estético, e este
problema estético apenas será corrigido, se houver um reposicionamento
das bases ósseas (maxila e mandíbula) e é por isto que o
cirurgião-dentista, especialista em cirurgia Bucomaxilofacial deve ser
consultado.
Existe a necessidade de se avaliar a necessidade de uma cirurgia
ortognática e não apenas procurar fazer uma plástica, que pode não
resolver o problema real da deformidade facial. E este é o maior erro
dos pacientes na procura de um tratamento.Na avaliação da cirurgia
ortognática sua oclusão, posicionamento dental, alturas faciais,
simetria, respiração, tônus muscular e espessura tecidual serão
avaliados para definir qual o melhor tipo de procedimento deverá ser
aplicado para permitir um resultado adequado, estético, funcional e
duradouro.
AS DEFORMIDADES DENTO FACIAIS
A cirurgia Bucomaxilofacial trata as deformidades dentofaciais
através da cirurgia ortognática, que é uma técnica na qual osteotomias
são realizadas no sistema mastigatório com o objetivo de corrigir as
discrepâncias existentes entre maxila e mandíbula e, por conseguinte,
estabelecer o equilíbrio estético e funcional entre a face e o crânio.
No passado, os estudos para o tratamento destas deformidades se
baseavam apenas em ajustar a oclusão do paciente e a face teria um
resultado estético pobre, visto que era tomado como base do tratamento
apenas a ortodontia e as análises ósseas (padrão USP, Mcnamara, entre
outras.)
Este raciocínio NÃO é correto, devendo o cirurgião e ortodontista
entenderem que a análise total do tratamento deve ser feita da pele e
tecidos moles para o osso, e não como é feito ainda hoje por algumas
pessoas, principalmente cirurgiões plásticos.
Todo o preparo ortodôntico deve ser focado para o posicionamento
dental de forma a permitir o melhor caimento tecidual e estética após a
cirurgia, mesmo que para isso, prescrições ortodônticas devam ser
adequadas e personalizadas, o que trás certamente o melhor resultado
funcional e estético.
DEFORMIDADES CLASSE II
O Tratamento das deformidades dentofaciais - padrão classe II é um
dos mais complexos da área da cirurgia ortognática, exatamente por
termos o osso móvel da face com uma deformidade real e de difícil ajuste
funcional.Geralmente a mandíbula está retroposta e é menor do que a
maxila nos sentidos antero-posterior e também vertical. A altura da face
também pode estar diminuída, visto que a oclusão geralmente é profunda.
As articulações têmporo-mandibulares (ATMs) de um paciente classe II
podem apresentar áreas de reabsorção devido à função mastigatória, que é
deficiente, podendo apresentar dores articulares, estalos ou ruídos
(creptações), bem como limitação de abertura bucal.
O tratamento ortodôntico deve preparar o caso para a movimentação
óssea requerida (isso pode envolver somente a mandíbula ou maxila e
mandíbula), portanto a escolha da prescrição deve ser o mais correta
possível para permitir o melhor resultado final, que engloba a estética
facial, vias aéreas e oclusão.
Abaixo está uma sequência sugerida para um avanço simples de
mandíbula e uma cirurgia combinada, reparem que nos dois casos, mesmo
com técnicas diferentes, nossa "modelo" apresenta um bom padrão facial
final e uma ótima oclusão.
Sequência de avanço simples de mandíbula
Sequência de avanço bi-maxilar (maxila e mandíbula)
VIDEO AVANÇO MANDIBULAR
VIDEO DE MENTOPLASTIA DE AVANÇO
VIDEO DE IMPACÇÃO MAXILAR POSTERIOR + LIGEIRO AVANÇO MANDIBULAR
DEFORMIDADES CLASSE III
O Tratamento das deformidades dentofaciais padrão classe III também é
um dos mais complexos da área da cirurgia ortognática, exatamente por
termos o osso móvel da face com uma deformidade real e de difícil ajuste
funcional e os dentes inferiores, normalmente estão verticalizados e /
ou muito inclinados para trás (linguo-versão)
Nestes casos a mandíbula está projetada e é maior do que a maxila nos
sentidos antero-posterior e também vertical. A altura da face também
pode estar aumentada devido ao crescimento mandibular.As articulações
têmporo-mandibulares (ATMs) de um paciente classe III normalmente não
apresentam maiores problemas, estão bem posicionadas e com os movimentos
geralmente adequados, porém também podem apresentar dores articulares,
estalos ou ruídos (creptações), bem como limitação de abertura bucal,
similares aos pacientes classe II.
Exatamente igual ao tratamento do classe II, o tratamento ortodôntico
para o classe III deve preparar o caso para a movimentação óssea
requerida (isso pode envolver somente a mandíbula ou maxila e
mandíbula), portanto a escolha da prescrição deve ser o mais correta
possível para permitir o melhor resultado final, que engloba a estética
facial, vias aéreas e oclusão.
Abaixo está uma sequência sugerida para um recuo simples de
mandíbula e uma cirurgia combinada, reparem que nos dois casos, mesmo
com técnicas diferentes, nossa "modelo" apresenta um bom padrão facial
final e uma ótima oclusão
Sequência de recuo simples de mandíbula
Sequência de recuo de mandíbula e avanço maxilar
VIDEO DE RECUO MANDIBULAR
VIDEO DE AVANÇO MAXILAR
VIDEO IMPACÇÃO MAXILAR POSTERIOR + LIGEIRO AVANÇO E RECUO MANDIBULAR
VIDEO DE MENTOPLASTIA REDUTORA
TRATAMENTO DAS ASSIMETRIAS FACIAIS
A cirurgia para correção das assimetrias faciais severas é uma das mais
complexas dentro dos procedimentos da cirurgia ortognática.
Normalmente as correções de deformidades dentofaciais tipo classe III ou
tipo classe II precisam de movimentos horizontais e/ou verticais,
diferentemente dos movimentos necessários para as correções de
assimentrias.
As cirurgias de assimetrias, precisam de correções nos 3 eixos de
rotação (X, Y e Z) fazendo com que os ossos da face executem movimentos
de grande amplitude e também sendo necessários grandes ajustes ósseos e
frequentemente enxertos ósseos de grande porte.
Diferentemente dos casos de cirurgia ortognática tradicionais, estes
pacientes eventualmente podem sofrer mais de uma intervenção cirúrgica
para se corrigir todo o problema.
Também, dependendo do grau de crescimento e velocidade de
desenvolvimento da deformidade, procedimentos cirúrgicos precoces, mesmo
sem o preparo com aparelhos ortodônticos podem ser necessários.
Apesar de complexos, os resultados são muito gratificantes e devolvem um grau de normalidade para estes pacientes.
EXCESSO VERTICAL
Pacientes portadores desta deformidade geralmente possuem o aspecto
facial alongado, frequentemente mostram os dentes de forma acentuada e
também mostram muita quantidade de gengiva.Por falta de suporte de pele,
os sulcos ao lado do nariz ficam bem marcados e o labio superior
extremamente fino, realçando a impressão de idade.
É comum também certa dificuldade ou deficiência respiratória, devido
ao alongamento do volume da cavidade nasal, o que leva o paciente ao
ronco ou sindrome da apnéia do sono.
Nestes pacientes, é fundamental o reposicionamento maxilo-mandibular
para a melhora da respiração, sono e bem estar físico, sem falar nos
benefícios mastigatórios e estéticos decorrentes do equilibrio facial
após a cirurgia.O procedimento cirúrgico normalmente envolve os dois
arcos maxilares (maxila e mandíbula), sendo fundamental a ortodontia
pré-operatória, como em todos os casos de deformidades dentofaciais,
para adequar o equilibrio mastigatório após a cirurgia.
Portanto, os ganhos estéticos, fonéticos, mastigatórios e
fundamentalmente respiratórios são uma realidade em todos os pacientes
portadores desta deformidade, que é extremamente comum, porém, poucos
sabem que há tratamento
Sequência para correção de excesso vertical de face
VIDEO DE IMPACÇÃO MAXILAR P/ TRATAMENTO DE SORRISO GENGIVAL
DEFICIÊNCIA VERTICAL
Pacientes portadores desta deformidade geralmente possuem o aspecto
facial envelhecido, por não mostrarem os dentes adequadamente.
Por falta de suporte de pele, os sulcos ao lado do nariz ficam bem
marcados e o labio superior extremamente fino, realçando a impressão de
idade.
É comum também certa dificuldade ou deficiência respiratória, devido à
diminuição do volume da cavidade nasal, o que leva o paciente ao ronco
ou sindrome da apnéia do sono.
Nestes pacientes, é fundamental o reposicionamento maxilo-mandibular
para a melhora da respiração, sono e bem estar físico, sem falar nos
benefícios mastigatórios e estéticos decorrentes do equilibrio facial
após a cirurgia.
O procedimento cirúrgico normalmente envolve os dois arcos maxilares
(maxila e mandíbula), sendo fundamental a ortodontia pré-operatória,
como em todos os casos de deformidades dentofaciais, para adequar o
equilibrio mastigatório após a cirurgia.
Portanto, os ganhos estéticos, fonéticos, mastigatórios e
fundamentalmente respiratórios são uma realidade em todos os pacientes
portadores desta deformidade, que é extremamente comum, porém, poucos
sabem que há tratamento.
Sequência para correção de deficiência vertical de face
MORDIDA ABERTA ANTERIOR
É uma forma de má-oclusão, que vem a ser a ausência de contato dos
dentes entre si quando os maxilares estiverem em repouso, pelo fato de
haver uma abertura entre os incisivos, depois dos caninos, pré-molares e
molares terem encostado.
Afora o problema dos dentes não se tocarem, neste caso, os lábios, na
maioria das vezes, também não se fecham, além de parte da gengiva
superior ser mostrada ao falar e ao sorrir, dando a seu portador uma
aparência ruim, que levou inclusive ao surgimento pejorativo de um
apelido desagradável: boca aberta. Vista de perfil, nota-se um aumento
de altura na parte inferior da face, gerando um ângulo mandibular aberto
demais.
Os leigos confundem, pelas semelhanças, com a protrusão, que é uma
conseqüência da compressão, cuja causa está relacionada à respiração
bucal, pela dificuldade de respiração nasal e compressão do maxilar.
Estão relacionadas à hereditariedade, alteração das glândulas
endócrinas, hipofunção e estrutura dos dentes, raquitismo e
desenvolvimento insuficiente da mandíbula.
É uma forma de má-oclusão, que vem a ser a ausência de contato dos
dentes entre si quando os maxilares estiverem em repouso, pelo fato de
haver uma abertura entre os incisivos, depois dos caninos, pré-molares e
molares terem encostado.
Afora o problema dos dentes não se tocarem, neste caso, os lábios, na
maioria das vezes, também não se fecham, além de parte da gengiva
superior ser mostrada ao falar e ao sorrir, dando a seu portador uma
aparência ruim, que levou inclusive ao surgimento pejorativo de um
apelido desagradável: boca aberta. Vista de perfil, nota-se um aumento
de altura na parte inferior da face, gerando um ângulo mandibular aberto
demais. Os leigos confundem, pelas semelhanças, com a protrusão, que é
uma conseqüência da compressão, cuja causa está relacionada à respiração
bucal, pela dificuldade de respiração nasal e compressão do maxilar.
Para todos os casos, são feitos levantamentos radiográficos, estudos de
traçados, análises cefalo-métricas e avaliação da idade óssea do
paciente, todos com a finalidade de proporcionar maior conhecimento do
problema, correto diagnóstico para montagem do plano de tratamento e
elaboração de um prognóstico, pelo qual se poderá saber como ficará o
paciente depois de tratado.
É uma forma de má-oclusão, que vem a sAs vantagens do tratamento
cirúrgico são não só estéticas, mas também, e principalmente,
funcionais. Pela estética, muda totalmente a aparência, os dentes voltam
a se tocar, os lábios fecham e, de perfil, a aparência se normaliza. A
respiração tende a voltar para nasal e a justificativa do apelido
desaparece. Melhora a auto-estima e esta nova aceitação traz de volta o
prazer para o convívio social. Do ponto de vista funcional, com o toque
dos dentes incisivos, os quatro da frente, melhora a mastigação,
retornando o corte inicial dos alimentos a ser feito pelos dentes da
frente, que antes não se tocavam, ficando os de trás com a exclusiva
função de trituração dos alimentos. A fonética se normaliza, permitindo
melhor entonação e emissão de sons antes difíceis como o assobio, por
exemplo.
. O falar e o sorrir voltam a normalidade, assim como as expressões
faciais mais comuns. Na verdade, processa-se toda uma reabilitação
estética, fonética e funcional, com a volta à normalidade de todas as
funções.
VIDEO DE TRATAMENTO DE M.A.A IMPACCÇÃO MAXILAR
VIDEO DE IMPACÇÃO MAXILAR COM SEGMENTAÇÃO
MORDIDA CRUZADA
A deficiência transversa da maxila é uma condição de etiologia
multifatorial e, apesar da obstrução das vias aéreas superiores e
hábitos parafuncionais como sucção digital e de chupeta serem
considerados os fatores mais comuns, não menos importantes são o
pressionamento lingual atípico, as perdas dentárias precoces e as
assimetrias esqueléticas.
Essa condição oclusal raramente tem resolução espontânea e necessita
de diagnóstico seletivo com relação aos componentes esqueléticos
e dentários envolvidos e à época de atuação. A mordida cruzada posterior
dentária, que resulta da inclinação dos dentes posteriores e
remodelação óssea alveolar, não apresenta atresia maxilar, ao contrário
da mordida cruzada posterior esquelética, na qual a atresia maxilar é
uma característica importante, com perda da conformação parabólica do
arco superior.
Essa atresia maxilar esquelética caracteriza-se, principalmente, por
uma abóbada palatina em formato de ogiva, mordida cruzada posterior uni
ou bilateral, dentes posteriores verticalizados, perda da conformação
elíptica do arco superior, apinhamentos e rotações dentárias. Além
dessas características intrabucais, podemos notar algumas
características faciais como a ausência da eminência zigomática, que
pode também estar associada a uma protrusão mandibular, deixando-a mais
acentuada.
A expansão rápida não-cirúrgica da maxila, obtendo resultados
favoráveis na correção da deficiência transversa em crianças, esse
procedimento vem sendo utilizado com sucesso por ortodontistas para a
correção dessa atresia em pacientes que se encontram em
fase de crescimento. Embora a expansão rápida da maxila possa ser
considerada um procedimento ortodôntico eficaz e amplamente utilizado na
correção da deficiência transversa maxilar em crianças e pacientes
adolescentes jovens, seu prognóstico não se apresenta muito favorável na
correção dessa condição oclusal em pacientes adultos ou no final da
adolescência. Nesses pacientes, a correção da deficiência transversa
pode ser realizada com sucesso através da expansão da maxila
cirurgicamente assistida.
VIDEO DE EXPANSÃO DE MAXILA
Um comentário:
oi meu nome é Rayfran e tenho um problema funcional no caso o meu problema é classe III e ja estou me preparando para esta cirurgia que provavelmente sera pelo SUS hospital HU UFMA tenho 23 Anos e ja estou com o processo da cirurgia bem andado. quanto tempo devo passar depois da cirurgia para voltar aos trabalhos normais de movimentos etc...?
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